domingo, 22 de abril de 2012

Os caminhos de Lennos (continuação)

O tempo passa na mesma medida que vai devorando cada segundo de vida, como a onda de radiação no epicentro de uma explosão nuclear.
Onde irão os ratos do meu cérebro que se arrepia de susto, do nada abstrato?
Sete da noite em Brasília, e o meu mundo se enquadra e fecha no luminar da tela da TV no canto do quarto. Minha inspiração está com um certo gosto de poeira seca de deserto lunar, estou comprimido entre o vazio presente e as emoções que se afastam uma a uma, acinzentando-se num desolado não.
Nem por isso, deixarei de pensar menos meus pós pores-de-sol espirituais, pois a visão de mim mesmo em relação ao meu próprio destino, certamente me libertará, assim espero. Acabei tornando-me um mestre na arte de esperar pela grande overture que inundará de luz o caminho por onde andam meus guaranás. Sim, é isso, não consigo transcrever minhas ideias. Por isso eu grito essa queixa. Apenas isso. 

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